As bases empíricas do relógio molecular

1. Taxas constantes de evolução no nível molecular

  A partir da década de 1960, tornaram-se disponíveis seqüências de aminoácidos de proteínas homólogas para organismos diferentes. A primeira comparação entre tais seqüências (Zuckerkandl e Pauling, 1962) revelou que a proporção de aminoácidos idênticos nas mesmas posições parecia ser proporcional ao tempo de divergência entre as espécies que tiveram suas seqüências analisadas e não com adaptações .
 

2. Polimorfismos de isozimas


    Com os trabalhos pioneiros de  Harris (1966) e de Lewontin  e Hubby (1967) e de com o emprego de eletroforese de isozimas em populações, foi constatado que a quantidade de polimorfismos observada era muito maior que o esperado pela teoria clássica de Genética de populações.
 

3. Heterogeneidade de taxas


    Cada proteína tem uma taxa de substituição diferente no nível de aminoácidos. A variação das taxas é muito grande, e seu intervalo compreende proteínas que quase não variam (caso de certas histonas) até proteínas com taxas de substituição substanciais.
 

4. Teoria neutralista da evolução molecular


    As observações acima levaram ao desenvolvimento da teoria neutralista da evolução molecular. A razão básica para o desenvolvimento dessa teoria é a impossibilidade teórica de haver seleção natural  que possa ser responsável pela manutenção de uma quantidade muito grande de polimorfismos. A razão dessa impossibilidade é a carga genética causada pela seleção.

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