Com os trabalhos pioneiros de Harris (1966)
e de Lewontin e Hubby (1967) e de com o emprego de eletroforese de
isozimas em populações, foi constatado que a quantidade de
polimorfismos observada era muito maior que o esperado pela teoria clássica
de Genética de populações.
Cada proteína tem uma taxa de substituição
diferente no nível de aminoácidos. A variação
das taxas é muito grande, e seu intervalo compreende proteínas
que quase não variam (caso de certas histonas) até proteínas
com taxas de substituição substanciais.
As observações acima levaram ao
desenvolvimento da teoria neutralista da evolução molecular.
A razão básica para o desenvolvimento dessa teoria é
a impossibilidade teórica de haver seleção natural
que possa ser responsável pela manutenção de uma quantidade
muito grande de polimorfismos. A razão dessa impossibilidade é
a carga genética causada pela seleção.